quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vacas e Galinhas




A sustentabilidade, uma questão moderna que vem sacudindo os mercados por aí fez surgir mais uma variedade de atividades que geram mais empregos, mais novos cursos latu-sensu com nomes diferentes e também manifestações de cunho socio-integrativo-conscientizador e automaticamente propagador de idéia.
Um grande exemplo é o evento flash-mob divulgado pelo blog catraca verde em que um grupo de engajadas vacas berrinianas serão convidadas a se fantasiarem de galinhas.
A escolha do do bípede galináceo se refere à morosidade do tráfego viário da Berrini no perído de pico (a qualquer hora) e quer dizer que se vacas fossem galinhas, não demorariam tanto para percorrer o trajeto da Avenida.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Minuto de sabedoria

A observação da cultura corporativa através das décadas aponta a sofisticação dos meios de conduta entre os funcionários, especialmente no que diz respeito à visão ideal e real de um processo.
Encontramos estas palavras de sabedoria fixadas sabiamente em uma mesa de diretoria:




Agora façam seus palpites!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Manucu politizando




Evitamos a todo custo falar sobre eleições, mas não conseguimos evitar. A onda de candidaturas inusitadas atingiu também a esfera corporativa.
A Folha de São Paulo, jornal que se tornou alvo de críticas de blogueiros da atualidade, noticiou a propaganda política de seriedade discutível colocada nas ruas sob a forma de "manifestação artística."

Caveira, a gerente de Grayskull, aproveitou a deixa aberta pelo palhaço Tiririca e o comediante Batoré para tentar uma mudança póstuma de carreira.
Nós, tolos contribuintes e subordinados na corporação, conseguimos prever que um bom gerente corrupto e parasita privado, terá um brilhante futuro como deputado.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cada um no seu cada um



Adotando a política de flexibilizar a revolta embutida em ser um cidadão hipócrita e cada vez mais prolixo, este blog continua com seu pensamento "satírico-corporativo" para animar os humores de seus seis leitores assíduos. Obrigado, gente!

É comum a todos os cidadãos que pensam e têm consciência crítica o hábito de odiar reuniões e de procurar fugir destes momentos circenses à toda custa. Seja física ou mentalmente.
Dilbert nos ensinou como este mundo pode ser burocrático e inútil a ponto de gerarmos um mundo de papel para que o mundo real aconteça. O pretexto básico é o de gerarmos mais empregos e grana para todo bom cidadão pagar seus tributos ao governo e também fazer suas comprinhas.
Agora que revelamos com exclusividade tudo isso a você, você pode respirar calmamente e dizer para si: "e daí?".
Numa reunião de equipe é muito frequente pensar que seu superior é menos capacitado do que você, que ambiciosamente tenta conquistar seu espaço e a posição dele. Mas também está aberto o palco para o surgimento de criaturas divertidas e caricatas que com muita paciência e bom humor, você está convivendo, até agora.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nossa homenagem

Nosso amigo foi desse para um melhor (assim esperamos) e não poderíamos deixar de prestar nossa homenagem neste espaço. Fica nosso abraço caloroso e desejo de sorte a quem sempre nos fez sorrir com seu talento cômico pasteleiro felliniano judeu, fumante, vegetariano, africano e alérgico a salsinha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Convite




Para promover a qualidade intelectual de nossos leitores, criamos o primeiro Manucuconcurso de poesia corporativa.
Queremos que você escreva lé com cré com o fundo do copo de plástico da cafeteria ou que faça encantadoras rimas para mostrar seu dia a dia na corporação.
Inscrições abertas de 19.08.2010 até 30.09.2010.
Mande sua criação com nome ou pseudônimo para que possamos creditá-lo aqui.
O primeiro prêmio ganhará um almoço por quilo na região da Berrini.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Malatrix




Já que o folhetim marrom de circulação nacional de nome Veja nomeou os trabalhadores da corporação como Malas sem direito à exceção, não nos resta nada além de concordar com os caras e fazer um esforço sublime para ser menos mala.
Vivendo numa realidade paralela, onde o que é certo é relativo e o que mamãe e papai nos ensinaram é utopia, ser diferenciado no meio da enorme manada de vacas sem parecerr um esquisitão com problemas mentais é um verdadeiro desafio contemporâneo.
É claro que é menos desgastante concordar com seu chefe que é uma múmia letárgica, mas espere um pouco - não deixe isso ser frequente, por você.
Tão rápido quanto seu sálario deixa sua conta, você passará a usar a terminologia corporativa em discussões familiares e relacionamentos, usará agenda pra marcar encontros amorosos e fará planilhas com fórmulas para fazer o cardápio do almoço da vovó. São pontos positivos para seu crescimento pessoal? Ou são indícios de que você está se tornando um deles? Vale dosar delicadamente seu nível de "malice" com muita auto-crítica e também perdoar a si por também ser um boizinho revoltado com o sistema.
A falta de referências e insegurança acaba gerando pessoas que são viciadas no meio de vida corporativo, quero dizer que isso aqui é trabalho, só trabalho. Há vida lá fora, passarinhos, árvores floridas, o sol e tudo mais. É possível fugir dos assuntos enlatados do elevador!
É possível também (porém difícil), não levar as encrencas para casa e criar uma bolha de 2 metros de diâmetro em torno de si para que os comportamentos dos colegas não te afetem durante as pesadas oito horas diárias, mas a ciência ainda não avançou tanto e a convivência continua sendo um desafio humano.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Grandes Negócios

Como na música do nosso querido (ugh) Guilherme Arantes Aprendendo a Jogar, temos uma cota de vida para preencher e se houver disposição, podemos aprender um pouco com o meio empresarial.
Os executivos de alto escalão negociam, blefam, mentem e repetem exatamente os movimentos que aprendemos quando jogamos poker com o pessoal da faculdade de quarta-feira à noite. Para os que não sabem jogar esse aclamado jogo de cartas, serve o truco também - onde você geralmente tem pouco nas mãos, mas acaba fazendo um milagre com o poder da persuasão e principalmente da mentira sofisticada.
A captação de grandes clientes é pura jogatina e os jogadores melhor preparados são os que fizeram um bom curso de embromation (MBA) que garante que conseguirão manipular opiniões usando termos sofisticados (tanto para impressionar um possível cliente como para enrolar um funcionário insatisfeito), também os que têm experiência (expertise) no embromation de pessoas, ou seja, conseguiram ganhar mais partidas de poker e tem a lábia forte. Ainda existem os canastrões, que são os que guardam cartas na cueca.



sexta-feira, 23 de julho de 2010

Boliche Corporativo

Manucu hoje se dedica a recolher depoimentos de vacas exaustas pela rotina das corporações.
As entrevistas foram feitas informalmente nas áreas comuns e basearam-se em opiniões sobre sua satisfação e comportamento dentro dos layouts em que trabalham.
Elegemos três cargos diferentes e seus diferentes pontos de vista, para depois propor sugestões, adaptar o programa do espaço e dar um ar mais "humano":


Superintendente de PLIC PLOC Gerais III

"Na minha opinião, o layout poderia ser revisto para que tivéssemos um tipo de diversão competitiva sem ter que deixar o prédio ou levar o Nintendo Wii para o trabalho. Alguns momentos de ócio são ótimos para cultivar o dinamismo das relações entre as hierarquias".


Gerente de Insumos, Insight, Colaboração e Metas DFG II

"Acho que os cortes de empregos poderiam ser feitos de um jeito mais criativo e lúdico, para que os funcionários se sentissem bem no fim das contas. Afinal, ficar desempregado não é o fim do mundo. Sobre o layout, não tenho queixas. Só acho que poderia ter um espaço aqui no andar para alguma coisa, alguma coisa criativa".


Analista de análises III

"...O layout é um pouco velho, pedimos a compra de alguns vaporizadores starilair para dar uma matada nos ácaros porque o povo estava espirrando demais. O que incomoda mais é que só podemos fazer 15 minutos de pausa e uma partida de futebol de botão dura 30 minutos. Perdi meu passatempo e não tenho conseguido chegar à tempo na academia para me exercitar porque fomos transferidos para o outro lado da cidade...Estou otimista com as mudanças"

Nossa leitura sobre os depoimentos acima indica a evidente necessidade de distração dos colaboradores e chamamos nosso designer - desenhista e enchedor de petecas para emprestar seu toque criativo e atender esta demanda:



A pista de boliche pode ser adaptável tanto para os momentos de de lazer, quanto para os tensos momentos de demissão. Apesar de ser sugerida para superintendência, poderá ser utilizada por todos como atividade de descompressão física e mental, incentivando a competição saudável.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pirataria profissional

Num mundo de infinitas possibilidades e mais tantas outras pessoas capazes (ou mais capazes) de fazer o que o mercado de trabalho pede, é preciso ser eternamente criativo e altamente prolífico (ou ser um bom ator) para a sobrevivência por períodos mais longos.
A marca das empresas que se comportam como sanguessugas é obter o melhor de outras empresas e extrair deste melhor o que podem. Até fazê-lo dar linha na pipa e se sentir corajoso e abrir o próprio empreendimento que se comportará da mesma forma e reiniciará o ciclo autofágico do capitalismo.
O caminho das pedras de um profissional até este ponto não é nada comum. Dezenas de experiências nada corretas o fazem amadurecer até que perceba o que realmente é o mercado e como deve agir para obter sucesso, bem diferente dos preceitos éticos ditados no seu juramento de formatura.
A verdade é que deve-se produzir, como não importa. Gastam-se noites e noites trabalhando, utilizam-se recursos baratos, roubam-se idéias diferentes e as sobrepõe - com nomes mais glamourosos, refinam a forma de apresentar para justificar o valor que cobram e assim constroem uma realidade nova profissional.
Sem parâmetros, o profissional joga o jogo de cada empresa onde trabalha, vive e dissemina a "cultura" interna da instituição e muitas vezes se perde de outras realidades, pela falta de ética geral.
Cada vez mais, a falta de tutor produz profissionais do "se virol" e estimulam a quebra dos próprios padrões burocráticos para que o trabalho aconteça com qualidade.
Resumindo, se o funcionário quer ser proativo e depende de um sistema em que precisa se reportar a três gerentes diferentes para sair na frente na corrida pela melhor performance, a pirataria é quase que uma condição para seu sucesso.








terça-feira, 20 de julho de 2010

Os Malas da Veja

Os problemas do trabalho geralmente não são problemas do trabalho, e sim, problemas de relações pessoais no trabalho. Afinal, trabalhar (de verdade) é a parte mais estimulante e motivadora, e quanto a isso não há queixas. Os problemas são sempre os “malas” do mundo corporativo.

Então, indo na mesma linha de raciocínio, ao invés de discutirmos aqui "o trabalho", vamos falar do que mais interessa, que é criticar o outro, e discutir "as relações de trabalho". VEJA fez isso recentemente e vamos juntos elocubrar a respeito.

Levando em conta que a revista não tem compromisso algum com a inteligência dos seus leitores, e que, os artigos nela publicados representam a voz da classe média e alta deste país, vamos partir do pressuposto de que ela tenta trazer à tona algumas verdades...

Os primeiros parágrafos assumem totalmente o caráter emputecedor das corporações de hoje em dia, inclusive ironizando e satirizando os executivos: são todos malas. Com ou sem alça, mas são.



A reportagem é estratégica e providencialmente paradoxal, pois elege as 10 piores características do mundo corporativo segundo os próprios funcionários (para isso coloca foto, depoimento, nome e idade, personalizando e 'humanizando' o caráter do texto). Em seguida, a reportagem traz 10 'mandamentos' cuidadosamente selecionados pelos patrões sobre o que não se deve fazer em um ambiente desses. Ou seja, é nítido que a revista tenta ganhar todos os públicos - de funcionários a chefes - dando-lhes razão e argumentos para que critiquem um ao outro, mesmo que a reportagem seja contraditória (ou como já dissemos: esta revista não se compromete em nenhum momento com o cérebro do leitor). E claro, para que tanto patrões quanto subordinados garantam sua assinatura anual da pior revista de todos os tempos (e uma das que tem maior numero de leitores neste país).

Logo na primeira página, a autora caracteriza os cargos de gerência como aqueles ocupados pelos malas “com” alça. Os que não tem alça são aquelas pessoas que “dedicam toda sua energia à criação de problemas para os que querem apenas e tão somente trabalhar”. Assim, VEJA ‘redescobre a roda’, e afirma que os ambientes de trabalho em sua maioria configuram-se como ambientes carregados de situações embaraçosas, infinitas tarefas inúteis, excesso de pressão, apesar de uma supérflua e aparente ‘cordialidade’ nas relações. Mas essas informações demonstradas na reportagem, não são infundadas ou baseadas em meros julgamentos – a VEJA tratou de consultar diversos profissionais qualificados e profundos conhecedores da baderna corporativa para não ter que assumir esta verdade sozinha!

Então o leitor atento nota que, sim, há diversas corporações que cuidam de avaliar outras corporações. São as chamadas empresas de consultoria em RH. Para esta reportagem, a publicidade garantida foi para “You and Your Career”, “Michael Page”, “Isma-Brasil”, “Page Personel”, “Hays” e “Robert Half” – todas elas comprometidas com a melhoria e avaliação da qualidade do ambiente corporativo. Portanto o que seria cômico se não fosse trágico é o fato de que as corporações crescem de tal forma que seus departamentos de recursos humanos mais sofisticados e populosos tornam-se burocráticos e que acabam por estimular, ao invés de impedir, as disputas internas nas corporações.

O que acaba acontecendo é que esse “mercado corporativo” transforma tanto as pessoas, que em questão de meses, o vocabulário muda, o repertório cultural e criativo se esvazia, habilidades como escrever em siglas torna-se algo corriqueiro. Neste momento, forma-se uma massa humana banalizada, alienada e sem visão crítica. Todo dia os mesmo procedimentos. Toda semana os mesmos rituais. Acordar cedo, cair no trânsito, ligar o rádio, entrar no elevador, ouvir os mesmos comentários – a copa do mundo, as eleições, o tempo, a chuva, o último assassinato cruel anunciado na mesma rede de televisão que todos assistem, o Big Brother, a fofoca mais recente, as reações previsíveis daquele chefe que você odeia – elementos constantes presentes na vida alienada. A rotina instaurada canaliza todos a um mesmo fim: a mediocridade e a necessidade de um happy-hour toda 6ª feira. Tudo isso aconteceria mesmo que as corporações não tivessem departamentos de RH. Mesmo que as empresas de consultoria fossem banidas. Além disso, trabalhar no mínimo oito horas (e passar três horas no trânsito) por dia faz parte da providência de se impedir o desenvolvimento cultural do ser humano. Quem consegue ler um bom livro às 21h?

Enfim, os corporativos desejam pertencer a esta massa. Afinal, todos são “another brick in the wall” como cantava Pink Floyd. E é desta alienação que a revista VEJA se vale. Ela fala o que seus leitores querem ouvir (sem ter que pensar ou pesar na consciência).

Dentro da mesma lógica, os meios corporativos não valorizam na prática, a conquista dos diplomas acadêmicos. Mas é senso-comum acreditar que um MBA vai ajudar no aumento do salário. Pode até ser, visto que a ausência de qualidade dos cursos em voga dentro das áreas de Administração e Economia, só aumenta a quantidade de pessoas formadas em “embromation”. Hoje, um engravatado(a) com MBA com certeza sabe se vender muito bem em entrevistas ou reuniões de renegociação de salários. Ou pelo menos, saberá covardemente humilhar seu funcionário até que ele peça as contas.

Por fim, a reportagem dá voltas em seu próprio rabo e conclui que é impossível ser feliz dentro de qualquer corporação. Mas o importante é que você já comprou a revista. Se leu e gostou, ou, se leu e não gostou, não importa, o que vale mesmo é o leitor comprou a revista, teve acesso a todas as publicidades e vai cada vez mais padronizando seu comportamento, de forma que suas atitudes sejam cada vez mais previsíveis, assim como comprar a VEJA no final de semana e achar que é feliz.

Mas se ainda assim você não se sentir feliz, a reportagem apresenta um quadro destacado divulgando o lançamento de um livro chamado “Poder S.A. – Histórias Possíveis do Mundo Corporativo”. Daí o leitor pensa em comprar, compra, lê e acha o autor um gênio. E no rodapé está escrito que o cara foi presidente de uma corporação, vice de outra, diretor de outra, gerente de outra, fez MBA em Harvard, se aposentou e escreveu este livro. E claro que, com isso, o leitor da VEJA vai acreditar que tem que fazer um MBA prá ser feliz. Agora, se tudo isso te der muita preguiça, não se preocupe. O livro vai virar série de tevê. E claro, naquele canal que todo mundo assiste domingo a noite, antes de ir para a corporação.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Origens


A sociedade de hoje está caracterizada pelas dificuldades nas relações sociais, que se reflete diretamente na produtividade do funcionário ou de uma equipe. O sistema de trabalho competitivo aguça sua fauna trabalhadora a se comportar de forma a obter melhores resultados, criando assim uma porção de indivíduos carregados de individualismo e desprovidos de senso coletivo.
A imagem mostra uma espécie de monstro do período cretáceo que ainda assombra os ambientes em que vivemos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Depressão

O mal do século, como é chamada a depressão, também tem seus rebatimentos no mundo corporativo.
Preocupada com a integridade de seus funcionários, a corporação cria soluções para seu conforto.
Não vamos agredir esse sistema de trabalho pois isso demanda muita argumentação e embasamento intelectual. Mas é possível observar a cadeia de necessidades e soluções geradas pelo comportamento contemporâneo e refletir.






terça-feira, 13 de julho de 2010

Canais de Para-comunicação

A comunicação superior-funcionário é uma das maiores dificuldades para a boa fluência e entendimento do trabalho. A conscientização dos papéis de um e de outro é entendida formalmente, mas na prática ocorre a invasão e inversão seguindo as leis da conveniência.
Ainda há situações em que do funcionário é exigida a intuição, para chegar exatamente ao ponto de satisfação do supervisor, que raramente esclarece o que realmente espera dele.

Pesquisas apontam a constante utilização de oráculos místicos de adivinhação para promover maior assertividade e ganhar pontos com o gerente. Nós, preocupados com o sucesso profissional do colaborador da corporação, encomendamos ao nosso repórter -arquiteto e enrolador profissional de cajuzinhos um estudo de layout para centralizar o relacionamento e fluxo espiritual de informações de trabalho.














segunda-feira, 12 de julho de 2010

Manucu pelo mundo

Além da nossa realidade corporativa brasileira (moldada nas bases americanas) existe o mundo lá fora e seus comportamentos empresariais. Seguimos a lógica de que uma empresa normal inicia suas atividades com duas vacas, depois as vende, compra um touro reprodutor e o faz gerar mais vacas que produzem mais leite e assim multiplica seu capital, rumando a um futuro estável onde seus donos se aposentam à beira mar. Porém, as corporações estrangeiras encontram outra forma de lidar com suas vacas:


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Manucu radar tecnológico

Em dia com as novas tecnologias de materiais do mercado, apresentamos uma nova proposta de isolamento em áreas de trabalho abertas (frequentemente utilizadas nas corporações).
Sem os famigerados biombos que impediam o contato visual, o novo recurso adaptado para o auto-ocultamento é o próprio monitor.
Nosso repórter-comentarista e entregador de pizza fez aqui uma simulação da especificação de um material revolucionário nos projetos que contemplam a convivência interpessoal - o monitor acústico.








sábado, 3 de julho de 2010

Patos e Gansos

A jogada comercial muito recorrente entre as corporações é a fusão. Isso acontece por interesses econômicos comuns (óbvio). São negócios grandes que movimentam as estruturas físicas e departamentais das envolvidas.
No Jornal Nacional ou na televisão do elevador, geralmente tomamos conhecimento desses fatos sem nos dar conta da trabalheira que dá um processo desse.
Nós, brasileiros que adoramos uma historinha e trabalhamos diretamente com os envolvidos, ouvimos com frequencia as lamentações de funcionários cansados do vaivém integrativo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Fale com ele

Deixemos as questões religiosas de lado e paremos um segundo para falar com seu lado agressivo e não muito correto.
Isso é comum para quem acaba de aceitar que ele existe e que você precisa dele às vezes. Somos humanos, temos maus sentimentos, somos sádicos, mesquinhos, egoístas e ainda suportamos sorrir socialmente para gente babaca. No fim do mês é possível esquecer tudo quando vemos nosso salário tranquilamente.
Acontece que alguém chegou aqui primeiro e faz isso há mais tempo e bem melhor do que você. E neste momento nem está com crise de consciência sobre essa coisa toda, está numa reunião fechando um negócio milionário com uns gringos na outra sala.




quarta-feira, 30 de junho de 2010

Amor no eixo corporativo

Nosso repórter de rua flagrou uma nova gama de prestação de serviços para o cidadão das corporações. Discretamente, os profissionais do ramo oferecem suas consultorias multidisciplinares e propõe soluções para a falta de amor no dia a dia dos escritórios.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Manucucultural recomenda "O abraço corporativo"


O documentário “O Abraço Corporativo” estreia no circuito comercial na sexta-feira, 18.06, no Cine Belas Artes, Sala 6 – Mário de Andrade, nos horários 14h20; 18h; 19h30 e 21h10. O cinema fica na Rua Consolação, 2423, em São Paulo.
Após ganhar o prêmio de Menção Honrosa na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o filme do diretor e jornalista Ricardo Kauffman propõe uma reflexão sobre o jornalismo e a produção da notícia nos dias atuais.
Resultado de cinco anos de trabalho, o longa-metragem é uma produção totalmente independente, sem orçamento e patrocínio.
“O Abraço Corporativo” acompanha a trajetória real de um consultor de RH fictício, chamado Ary Itnem, em busca de divulgação na mídia da Teoria do Abraço. Ele propõe a solução para uma doença chamada inércia do afastamento, causada pelo uso excessivo das novas tecnologias. Sua trajetória em busca da notícia está registrada no filme que apresenta de forma surpreendente o desfecho desta história.
Visite também o blog da produção.

domingo, 20 de junho de 2010

Os bifes somos nozes

O dia a dia na corporação nos apresenta termos utilizados com frequência no vocabulário empresarial de alto escalão.

Stakeholder foi mais um termo incorporado no nosso glossário formal e para entendermos com clareza seu significado, consultamos o grande oráculo wikipédia para não ficar com cara de sem memória quando alguém o usa em uma conversa.


Em português, parte interessada ou interveniente, é um termo usado em administração que refere-se a qualquer pessoa ou entidade que afeta ou é afetada pelas atividades de uma empresa.
De maneira mais ampla, compreende todos os envolvidos em um processo, que pode ser de caráter temporário (como um projeto) ou duradouro (como o negócio de uma empresa ou a missão de uma organização ).
O sucesso de qualquer
empreendimento depende da participação de suas partes interessadas e por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético.



Bonita a definição, não?
Nossa imaginação brincou com a cacofonia do termo e surgerimos a imagem de um suculento e protéico bifão preso em seu gancho de açougue (Steakholder) .

O que nós queremos dizer com isso?
Basicamente nada além de apresentar com categoria mais esta nova e interessante expressão gringa corporativa e testemunhar que além de sermos parte (bife) de um negócio (gancho), ainda conseguimos pensar em besteira.





sexta-feira, 18 de junho de 2010

Comentarismo


Falar é um dom concedido ao ser humano para a prática da
sua expressão pessoal e crítica acerca dos acontecimentos gerais e pessoais, certo?
Existe o falar sucinto, prolixo, verborrágico, monossilábico e tantos outros adjetivos que descrevem o verbo também.
Trabalhar em espaço aberto implica em conviver com as expressão ou a inexpresão alheia e consequentemente aceitá-la para não haver consequencias em sua produção.
Mas convenhamos que ter um público cativo (por consequencia de trabalhar em espaço aberto) é muito legal para quem gosta de falar pra caramba, não é?
Explicamos assim o surgimento dos comentaristas compulsivos que comentam tudo sem precisar comentar.
É lógico que isso mantém um grau de sociabilidade entre as pessoas e gera risinhos descontraídos na jornada de trabalho, mas com tantos assuntos de conhecimento geral (copa do mundo) pode surtir efeito negativo também em quem se sente ao lado do Galvão Bueno.

Dissídio

Outra palavra recém-incorporada no vocabulário do cidadão que nunca passou pela experiência de ser registrado como profissional daquilo em que se formou na faculdade.
A gente sabe que receberá o valor contratado mais os descontos (isso inclui o sindicato dos profissionais que se formaram naquilo na faculdade como autônomos).
Um dia você é informado de que existe um aumento compulsório de salário a que você tem direito por reivindicação sindical e acha o máximo, parando para pensar no assunto quando percebe que talvez só dessa maneira seu salário vai aumentar. Ou não?

Achamos a definição da palavra na internete:

Dissídio é um substantivo masculino. Significa dissidência, antagonismo, desinteligência. Um combate não deixa de ser um dissídio.



quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eles vem aí...




A política de vigilância de funcionários da corporação pretende promover medidas de correção a quem se recusa a acatar os parâmetros de conduta estabelecidos.

Pedimos que retirem seus "bangalôs", calendários, pesos de papel, moringas, cachorros de porcelana, patuás, potes de sal grosso e quantidades exorbitantes de post-its colados aos notebooks e desktops até que as visitas saiam.
Quem também mantiver toneladas de papel será alvo para o esquadrão que está equipado com fragmentadoras e lança-chamas a fim de dar um fim sustentável à poluição visual (além de reduzir o fator xhrh x 30% do valor ideal de arquivamento).











quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alinhamento de fluxos sem mistério














-Manter nossa estrutura hierárquica sólida, porém absorvente.

-Alinhar todos os envolvidos de forma a não permitir vazão indesejada





















-Independente do tamanho do fluxo suportado, cada tampão deve estar atento às responsabilidades atribuídas ao cargo.

-Uma estrutura inchada pode causar severos problemas internos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Novo Glossário de Expressões Corporativas




Conseguimos incorporar em nosso dia a dia uma série de novas palavras que refletem a necessidade de discrição que qualquer corporativo tem.
Codificando nossa língua com alta dose de humor e maionese, captamos o essencial e comentamos sucintamente os comportamentos nossos e dos colegas na rotina de trabalho, afinal, passamos mais de oito horas por dia com eles e é impossível só trabalhar.

EMPALHAR:
Comportamento comum em reuniões com mais de 30 minutos e 5 pessoas. O colaborador fica na mesma posição de cinco a dez minutos sem piscar sentado ou em pé.
Não reage quando solicitado ao menos que o cutuque.

PESCADOR:
Fenômeno esperado do colaborador que acorda muito cedo e sofre distúrbios de metabolismo que o fazem sentir sonolência na parte da manhã e tarde. A reação logicamente se dá por discretos meneios de cabeça para frente e para trás imitando o movimento da vara.
Consciente do fato, o portador da síndrome é o maior consumidor de café de todo o departamento.

KRIPTONITA:
Substância que age diretamente sobre a motivação do colaborador fazendo-o questionar a rotina, o salário, o chefe, o salário, o gerente, as pessoas, a vida, a existência, os preços, a morte, o salário...etc. E conseqüentemente faz sua produtividade cair.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Acessibilidade "democrática" estratégica


O plano de férias coletivas da coordenação procura atingir todos os níveis de acessibilidade exigidos pelo mercado atual.
Objetivamos alinhar nossos desejos colaborativos para atender o fluxo de nossas necessidades particulares de forma democrática e linguagem universal.

domingo, 9 de maio de 2010

Normalizando a transmissão

Nossa transmissão ao vivo do Reporter Manucu está de volta e disponível aqui no blog.
Acompanhe as atualizações no twitter da rádio.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fidibéqui da sugestão da colaboradora ecológica. Funcionarios da repartição desmoralizados.

Denuncia de Propaganda enganosa:




Segundo o comunicado do pessoal de relacionamento da empresa, achamos que pensamos na ecologia e que temos oportunidade de oferecer idéias para sua melhoria contínua:


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Rotina circense

Engolidora de espadas: (imperativa, promovendo seu lado bacaninha, baseando-se em propaganda de teatro-comercial): "ôw linda...? vc pre-ci-sa me dizer quando vc quer ir no teatro!"

Malabarista: (desinteressada): "que teatro?.........ahn.... lá onde vc tinha falado?"

Engolidora de espadas: (empolgadinha): "iiiiiisso... quando, pode ser dia 15?"

Malabarista: (promovendo seu sex appeal): "ah esse fim-de-semana eu nãããão posso.."

Engolidora de espadas: (pegando no telefone, entusiasmando-se): "quantos acompanhantes vc vai querer levar?"

Malabarista: (aproveitando a deixa): "um só, queridaaa!!! um ú-ni-co acompanhante!!!"

Engolidora de espadas:
(com o marido ao telefone): "oi lindo!!!!! pro dia 15 vai a Fulana da Silva e um acompanhante táááá? você põe na listinha?"

Mulher Barbada: (bancando a emergente social): "fofa, quando você sair do teatro, me liga, e vamos jantar!"

Malabarista: (falsa e totalmente perdida): "hum, lóóógico!! Ah.... e onde fica esse teatro???"
Engolidora de espadas: (prontifica-se): "Logo ali, perto da ponte tal, e da avenida qual, saindo ali da marginal.........sabeee??"

Malabarista: (continua desinteressada e tendendo a dar-o-cano): "Ah tá, beleza! (pausa) E sobre o que é essa peça...?"

Engolidora de espadas: (anima-se): "é sobre a história do Rei Fulano, com a rainha Cicrana, na Índia do século 14, quando os bárbaros invadiram a província blablaradadaradablaradablaradabla......."
(15 min depois)

Malabarista: (abrindo e fechando a janela do outlook, comenta com falsidade): ......que legal.....!!!!!!!!!!!!!

A fé do executivo

Fragra do nosso repórter de rua: Corporativos aproveitam almoço para apostar na Mega

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sobre competitividade

Baseado em fatos reais.


Gringo boboca e sujeito qualquer dialogam em inglês duas espinhas pra lá:


Sênior (blasé) : Nossa, que chique...Eles conversam em inglês

Plena (assanha-se para ouvir e comenta em voz alta): Ééé...Mas você acha que aqui é pouca coisa? Isso aqui é chique, precisamos aprender uma língua melhor que inglês pra concorrer!

Plena (antes que a interlocutora responda, apressa-se): Mandarim! Vamos falar mandarim! Zih!

Papagaio de pirata (arregala os olhos e fala para si mesma ): Assim não dá ! Parece que eles estão falando mal da gente o tempo todo!

Sênior (divagando) : Lembro de quando eu trabalhava na...


Sujeito qualquer que falava inglês responde O “Zih” de Plena, com uma frase em mandarim.


Plena (espantada, grita): Nooossa! Mas que chique! Meu marido fazia um eventos lá com um monte de chineses e ele acabou aprendendo umas coisas em mandarim lá.

Papagaio de pirata (automática) : Ahhh, Plena...que legal hein!

Sênior (sorrindo maliciosa): Lá em Sauípe...O Club med está fechado, acredita?

O que aprender com reuniões de equipe?


Diagrama de um espeto de churrasco com proporções exatas

para obter a máxima suculência de uma gostosa linguiça bem enchida.


Observe as cotas de distância obtidas de

estudo intenso da arte da churrascaria.





segunda-feira, 3 de maio de 2010

Conto fast-food


Momento 1


Tem que fazer rápido. Não tem que fazer bonito. Sem grandes preciosismos, nós temos prazos!


Momento 2


Mas eu disse que essas peças deveriam estar de acordo com o padrão. Formalizei por email e você estava copiado. Devemos nos ater ao padrão da empresa.


Momento 3


Você ainda não terminou? Não está pronto? Como assim não está pronto? Eu quero isso em minha mesa até as cinco.







quarta-feira, 28 de abril de 2010

Iniciando a transmissão

A todo mundo que teve dúvida a qualquer hora do dia ou o dia inteiro se estava fazendo a coisa certa na vida quando sentou seu traseiro numa cadeira de rodinhas eu já começo dizendo um "eu te entendo" cheio de compaixão e outro "problema seu" cheio de ternura.

É legal e divertido se você pensar que está consciente e sabe que esse cara da cadeira também é o palhaço, o resmungão, o histérico, o MALA e o irritante ao mesmo tempo aqui e tudo bem, querido, tudo bem. Isso é trabalho, acredita? E ganha-se dinheiro aqui !